O conceito de responsabilidade compartilhada está atrelado ao coletivo: entende-se que todas as pessoas (empresas, produtores, importadores, consumidores, entre outros) são responsáveis por tomar ações individualizadas em relação ao ciclo de vida dos produtos comercializados e utilizados.
A ideia é que todos que fazem parte dessa cadeia tenham um papel a desempenhar, com foco na preservação do meio ambiente. A definição também está estabelecida na Lei 12.305/2010, instituída pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Art. 3° Inciso XVII:
Responsabilidade Compartilhada pelo Ciclo de Vida dos Produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei.
Por que essa iniciativa é tão importante?
Utilizando como base a logística reversa, essa iniciativa visa dar o destino correto ao produto. Isso significa que, ao serem descartados corretamente, podem ser direcionados a cooperativas e outras estações de reciclagem. Lá, é realizado um processo que dará uma nova “vida” ao item, evitando que ele pare nos rios, lagos, matas e demore anos e anos para se deteriorar.
O que pode ser realizado priorizando a responsabilidade compartilhada?
A ideia principal da responsabilidade compartilhada que pode ser priorizada é a prática da cultura de fazer a separação do lixo. Além disso, sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer nesse assunto, por isso, é necessário mais medidas que priorizem a sustentabilidade e a coleta seletiva por parte dos órgãos públicos.
Como o consumidor final pode exercer o seu papel?
Alguns dados mostram a importância de dar atenção para esse assunto:
Segundo as empresas de pesquisas Ibope, a Abrelpe e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 13% do lixo produzido segue para a reciclagem. Boa parte dos brasileiros sabe da importância dessa prática (77%), mas alguns motivos acabam deixando-a de lado, como a falta de ações bem-definidas pelos municípios envolvendo a coleta e o tratamento correto do lixo.
Separamos algumas sugestões para quem deseja começar a mudar esse cenário e se dedicar à responsabilidade compartilhada.
Entenda os produtos que consome
Com isso, queremos dizer que é importante observar o material dos produtos antes de descartá-los. Sempre avalie se é possível separá-los para reciclagem antes de jogar no lixo comum – plástico, vidro, metal e papel são os principais e costumam ser muito usados todos os dias nas residências.
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Solte a criatividade
Outra opção para colocar a responsabilidade compartilhada em prática com medidas simples é soltar a criatividade e dar uma nova vida para um produto. Garrafas pet podem virar vasos de planta, brinquedos e até porta-copos, enquanto lacres de latinha de metal, quando juntos, podem virar cadeiras de rodas!
Há um universo de possibilidades para explorar. Na internet, em especial em redes sociais como o Instagram, TikTok e Pinterest, você encontra uma série de tutoriais com ótimas ideias para seguir.
Nossa última sugestão é expandir essa consciência tão importante para outras áreas da vida, economizando recursos importantes como água e energia.