Hoje, buscamos construir um mundo cada vez mais sustentável e, para isso, o plástico e todos os outros tipos de materiais devem passar pelo processo da economia circular.
Mas afinal, o que é economia circular? Confira este artigo na íntegra e fique por dentro do assunto.
Economia Circular
Economia circular é um conceito que atrela o desenvolvimento econômico à melhor utilização dos recursos naturais através de novos modelos de negócios, da otimização dos processos de fabricação voltados para uma menor dependência de matéria-prima virgem e dando prioridade a insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.
De acordo com a Organização Internacional de Normalização (ISO), economia circular é “um sistema econômico que utiliza uma abordagem sistêmica para manter o fluxo circular dos recursos, por meio da adição, retenção e regeneração de seu valor, contribuindo para o desenvolvimento sustentável”.
A economia circular e o plástico
É praticamente impossível imaginarmos um mundo sem plástico. Afinal, este material é a melhor opção para o desenvolvimento de novas ideias e produtos.
Basta olhar ao redor e perceber que grande parte dos produtos que nos cerca é constituída por plásticos dos mais variados tipos. Este material está presente em quase tudo no nosso dia a dia, porém ele é considerado como o maior “vilão” do meio ambiente, especialmente da vida marinha.
A questão da sustentabilidade vem ganhando um maior espaço nas agendas estratégicas das empresas de todo o mundo.
Pensar a longo prazo é essencial para driblar os momentos de crise e contribuir de maneira significativa para a saúde econômica e o desenvolvimento do país.
De acordo com a Ellen MacArthur Foundation (EMF), somente 14% das embalagens de plástico utilizadas no mundo chegam às cooperativas de reciclagem, 40% são destinadas a aterros e um terço são descartadas nos ecossistemas.
Quando falamos em plásticos de uso único, estima-se que aproximadamente US $120 bilhões não são reaproveitados por ano.
Agora pense: quantas oportunidades de economia circular estão sendo desperdiçadas, uma vez que o mercado de gestão de resíduos plásticos deve movimentar a economia até o final de 2026 em cerca de US $40 bilhões?
Outro exemplo de possíveis ganhos, é a inclusão da indústria do transporte marítimo na análise do impacto das cadeias de transporte de commodities.
Os resultados de um estudo feito pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), aponta que o financiamento desta indústria requer um total de mais de US $200 bilhões por ano, e mais de 80% das empresas de transporte marítimo são privadas e seus fundos de private equity detêm cerca de 70% dessas empresas.
Benefícios da economia circular
A economia circular promove inúmeros benefícios a curto, médio e longo prazo. Entre eles, podemos destacar:
– Volatilidade no preço das matérias-primas
– Limitação dos riscos de fornecimento;
– Melhoria da competitividade da economia;
– Desenvolvimento econômico sustentável;
– Conservação do capital natural;
– Redução das emissões de gases, dos resíduos e da perda da biodiversidade;
– Combate às alterações climáticas;
– Redução de custos;
– Cumprimento dos aspectos legais por parte das empresas;
– Economia de baixo carbono;
– Valorização institucional da marca.
Nada é desperdiçado, tudo se transforma
E se os itens feitos de plástico pudessem ser reutilizados, reinseridos na cadeia de produção?
A economia circular baseia-se nos processos extrair – produzir – descartar, tornando-se um novo modelo econômico em que nada é descartado, tudo o que envolve a cadeia produtiva é reaproveitado para a fabricação de novos produtos, reduzindo significativamente a extração de matérias-primas da natureza.
À medida que cresce o interesse das empresas em adquirir a matéria-prima do plástico reciclado, além da constante evolução tecnológica, novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação são gerados.
A economia circular é a chave para a promoção da dissociação entre o crescimento econômico e o aumento no consumo de recursos.
Por isso, é fundamental que continuemos fazendo a nossa parte realizando a separação não só dos plásticos, mas também de outros materiais, como vidros, metais, papéis, entre outros, para a coleta seletiva e encaminhá-los à melhor alternativa que existe: a reciclagem.